O PERIGOSO MUNDO VIRTUAL

A liberdade de expressão é algo conquistado com muito suor no Brasil. Se voltarmos no tempo, e em nossa breve história, pensarmos que uma simples frase de descontentamento com o governo era suficiente para trancar alguém nos porões do DOI-COD, percebemos que hoje vivemos num paraíso.
A evolução digital veio para modificar o mundo, e deu chances a milhões de anônimos de terem seus 15 minutos de fama. Todos os dias somos brindados com pérolas impagáveis vindas quase que 100% do You Tube, que é o maior depósito de lixo do universo, e a mais divertida ferramenta da internet. Ali você revê cenas do passado, em filmes, novelas e afins, como também sente vergonha alheia por alguns vídeos toscos, ali postados.
Mas o que me chama atenção, e o motivo deste post, é a exposição desnecessária, incondicional de crianças no You Tube. Claro que não há limites e nem censura para alguns vídeos aparentemente “inocentes”. Gostaria que assistissem o anexo, e continuem lendo após, para entender minha critica.

Um garoto, aproximadamente 8, 9 anos, no máximo. Obviamente com tendência homossexuais, visivelmente declaradas no vídeo. Não estou aqui para julgar a sexualidade do garoto, mas para perguntar, onde estão os pais desse menino, que não vêem essa exposição perigosa, jocosa e totalmente fora do constexto.
Vivemos num país preconceituoso, homofóbico, que mascara a intolerância, e aparentemente aceita as diferenças, só que sabemos bem que não é assim. Tendo consciência de como funciona a sociedade brasileira, ver um garoto se expor dessa forma é no mínimo preocupante. O conselho de supervisão da infância e Juventude deveria analisar imagens como essa. O menino, incentivado por uma voz afeminada, diz frases do vocabulário gay, veste-se de forma pouco discreta, força nos trejeitos, e não se preocupa nem um pouco com a exposição, é no mínimo para ser questionado.
Num primeiro momento podemos achar engraçado, como eu mesmo o fiz. Mas depois parando e alisando, surgem as dúvidas. Onde estão os pais desse garoto que não vêem isso?
Um dia aos 14 anos, o pai desse menino percebe, claro, que ele é gay, e diz: Não aceito, não quero, filho meu tem que ser macho, e então espanca, humilha e atira esse garoto no mundo. É isso que acontece com boa parte dos jovens homossexuais.
O pior, é aparecerem “psicólogas” dizendo que o fato dele ser gay, é apenas comportamental. No vídeo está claro que não se trata de uma opção, e sim de algo que carrega nele. A homossexualidade é genética, e não comportamental, e é tão obvio isso que me sinto redundante e até ridículo em afirmar.
Como a liberdade de expressão é um direito garantido pela constituição, estou aqui afirmando, que não vejo sentido nesse garoto se expor. Quem ler o post pode achar que não tenho razão para a crítica, mas há tantas campanhas contra a pedofilia, e esse menino é um sério candidato a ser envolvido por um adulto inescrupuloso. É um alvo fácil para que se cometa Bullyng na escola, entre os garotos do bairro.
Pais atentem-se para o que seus filhos estão fazendo... Só isso que digo... Cuidado!
Pincelei alguns comentários deixados para o vídeo do garoto no You Tube, e percebo que não sou apenas eu que me preocupo com isso:

- Exatamente isso,pode ser engraçado quando nao pensamos o que sera desse pobre garotinho,que tao novinho ja se colocando como uma menina...e falando tipo ''neca''. fala serio.
- Que absurdo exporem uma criança dessa forma!
- hahaha BAFOOO!só não entendi pq "tristeza" e pq "coitado desse menino".. deixa o garoto fazer o que ele quiser e esse bando de preconceituosos vão todos à merda.. e é engraçado sim!! mtoo
- nao e uma questao de preconceito mas o fato de um adulto esteja provocando tudo isso...Por quem sera que esse pobre garotinho esta sendo criado???
- Meu Deus, qual a Idade dessa criança?

Opinião é opinião.

Abraço a todos. Bom fim de semana, e aproveitem o feriado.

6 comentários:

D. Martins disse...

Rafa, o grande problema que a gente já discutiu e vc acabou me chamando de Mister Comunicólogo é que 'virou modinha' se expor dessa forma, alegar opções, atitudes, a liberdade de expressão acabou sendo confundida com libertinagem, bagunça.

Expor a figura de uma criança assim, pode acabar, gerando um adulto com preconceitos em si mesmo, cheio de traumas e afins.

O grande problema, falo isso como pai, é guiar os passos dos filhos, existem pais mais ausentes, convivendo no mesmo teto, que não tem conversa franca/sincera com o seu filho, que não quer enxergar o que está acontecendo dentro de casa, que prefere falar que é bonitinho o filho fazer isso ou aquilo. Mas reforço, os filhos, precisam de um espelho, precisam de uma referencia, se as pessoas não tiverem consciencia disso, não há pq colocar crianças ao mundo.

Excelente o post!
Como pai, tiro o chapeu, como amigo digo que vc é 10! =)

abraços!

Paulo Ka disse...

Oi Rafael,
Antes de tudo, muito obrigado pela visita em meu blog!
Eu tenho mais 2 amigas da época da faculdade que também possuem blog, porém eu me tornei viciado nisso aqui elas não RS
Estava olhando o seu perfil e temos algumas particularidades em comum além do fato de sermos companheiro de profissão, Arquiteto hehehe.
Não sou aquariano, mas estou logo depois: pisciano;
Também já passei da casa dos 30... alcancei o 34;
Nasci prematuro e cheio de pêlo pelo corpo (deve ser por isso que hoje não tenho) e me chamavam (um tio insolente) de rato;
Era super magrinho, aí virei “caveirinha” outro apelido que detestava, RS
Também tenho esse lance de se não gosto de alguém logo de cara, alguma coisa eu sei que essa pessoa vai aprontar mais pra frente
Um grande abraço

Haya disse...

Existe uma questão social a ser respeitada, ainda mais num país machista, preconceituoso e cristão (uau, como pode?) como o Brasil. Uma linha tênue entre aquilo que é permitido legalmente e aquilo que só aparece dentro da cabeça de cada um e não se pode dar vazão a. Sociologicamente, para manter um certo equilíbrio, uma tal máscara a ser preservada.

Porém, vejo que sociedade mudou, com isso, mudou tb a economia e, consequentemente, o perfil familiar, resultando em crianças carentes de habilidades sociais, emocionais e de cidadania. Ou seja, algo parecido com esse video aí. Os pais não tem mais tempo para os filhos e não é culpa de ninguém. Para mim, o cerne da questão é bem outro: educação, mas uma educação que prepare cidadãos e não individuos ansiosos, confusos e carentes, que sequer sabem estabelecer relacionamentos interpessoais e administrar seus próprios conflitos.

Tá, falei muito.
Já deu né?
Beijo, Rafinha!

Anônimo disse...

Eu ainda estou sem palavras, acho uma exposição totalmente desnecessária, e didícula por parte que quem o fez e por falta de sorte da criança, que por mais personalidade que tenha ainda é facilmente induzida, e não apenas a fazer o vídeo, mas também a achar que tudo isso é lindo, maravilhoso... Não é preconceito, entendam bem, mas há formas e formas de se desenvolver sua sexualidade (seja ela qual for) e outras coisas muito importantes que não dessa forma... me faz lembrar o caso contrário, de pais que obrigam suas crianças a beijarem crianças do sexo oposto, ou inventam namoros e essas coisas que já estamos cansados de ver...

Unknown disse...

Rafa, quando eu assisti o filme fiquei sem palavras. Li os comentários acima, mas existe uma questão que deve ser considerada.

Deixemos a crinça fora dos comentários e vamos comentar a inclusão digital.

Com o advento da inclusão digital foram criadas portas de acessos de todos os tipos de pessoas, raças, credos, orientações sexuais, religiosas e assim por diante.

Todavia os limites também ficaram por conta dos "inclusos". E limites são questionáveis dentro de cada grupo, etinia ou seja pessoas em geral.

É a mesma coisa quando os bárbaros, barbarizavam... ou as cruzadas "cruzavam"... precisamos de anos para discernir o etico, do moral, da liberdade e libertinagem, do mais certo e do menos certo.... enfim, a criança exposta gera as mais diversas opiniões.

Mas... uma coisa posso afirmar com certeza, sem medo de errar. Os limites foram cruzados....

Pelo menos para minha inteligência.

abçs

marcos

Anônimo disse...

Como Homossexual, acho absurdo realmente condicionarem a sexualidade como uma escolha!

Apesar de todos poderem assumir o que lhe acham conveniente isso não deve alimentar o mito de que a homosexualidade real, biológica é uma escolha ou doença.

Também pode não ser uma mudança genética, mas provavelmente uma mudança do meio hormonal no feto durante a gestação, possivelmente na formação do cérebro.

Se constata que homossexuais tem cérebros parecidos com o do sexo oposto em sua estrutura geral, porem diferentes a parte tanto do masculino como do feminino, sendo aparentemente essa a única diferença biologicamente comprovada.

Voltando a criança.

Duvido que uma criança de 8 anos tenha opinião psicológica firme sobre o assunto ou saiba o que está realmente fazendo ou ainda deduza fielmente que sua sexualidade é diferente nesta idade. Fica no minimo como manipulação de menores, essa criança não tem idade para agir livremente sem a proteção de um adulto...

Ela pode ser o que ela quiser com 14, 15 anos, quando puder entender o que quer ser, e as conseqüências disso, mas até la os pais tem que guia-los profundamente.